Por que você sente vontade de comer doces? (V.5, N.8 P.2, 2022)
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Divulgação de estudos que investigaram o processamento neural do valor recompensador do açúcar. A ingestão de açúcar resulta em duas recompensas distintas: (1) o sabor doce e (2) o alto valor nutricional. Estas recompensas resultam em aumento de dopamina liberada nas porções (1) dorsal e (2) ventral do estriado.
O açúcar, diferentemente dos adoçantes artificiais, incentiva o consumo através de duas vias: a via gustativa e a via pós-ingestiva. Mas não se sabe até que ponto é o sabor ou o valor nutricional que motivam a sua ingestão. Superar o nosso entendimento incompleto de como as calorias alteram o valor de recompensa de substâncias doces pode nos ajudar novas estratégias para controlar o consumo desenfreado de açúcar.
No cérebro de vertebrados, os gânglios basais são essenciais para guiar ações baseadas em recompensas. A partir disso, no artigo base, os pesquisadores propuseram um modelo de recompensa dopaminérgica para o açúcar, no qual os estímulos associados ao prazer e os estímulos metabólicos (associados ao valor nutricional) reforçam positivamente o consumo deste carboidrato e são mediados por diferentes circuitos dos gânglios basais e concluíram que em roedores há uma priorização da energia em relação ao sabor.