Rosalind Franklin e o DNA (V.6. N.4. P.6, 2023)

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Por: LiNA biotec – Polo UFABC (@linabiotec.ufabc)

Nascida em 1920, Rosalind Elsie Franklin decidiu ser cientista aos 15 anos e formou-se em Ciências da Natureza pelo Newnham College. Em 1951, passou um tempo na França, trabalhando com a técnica de difração de raios-X na Universidade de Paris. Esta técnica é um fenômeno que consiste no espalhamento coerente resultante da interação entre as ondas de radiação eletromagnética (raios-X) com os elétrons dos átomos de um determinado material. O uso desta técnica foi importante para a descoberta da estrutura helicoidal.

Foi somente na Inglaterra, no laboratório de biofísica do King’s College que, com a ajuda do seu aluno Raymond Gosling, extraiu fibras de DNA para uma análise com raios-X e descobriu que não havia apenas uma forma de molécula, mas sim duas. Com a sua técnica de cristalografia e difração de raios-X foi possível fotografar a nova estrutura, o que seria a famosa “photo 51”. As manchas escuras na imagem representam os pares de bases nitrogenadas unidos por ligações de hidrogênio, originando a forma helicoidal do DNA.

Sem permissão da Rosalind, Maurice Wilkins, parte do seu grupo de pesquisa, mostrou a “photo 51” para Francis Crick e James Watson, que na época também estavam pesquisando sobre o modelo da estrutura do DNA. Eles utilizaram a foto da Rosalind Franklin para concluir que os seus estudos teóricos estavam corretos, publicando essas informações sem nem fazer menção às descobertas dela, o que ocasionou, em 1962, no recebimento do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina pela descoberta da estrutura helicoidal do DNA.

Somente a partir dos anos 1960, depois de sua morte, ela passou a ser reconhecida na comunidade científica como autora das imagens que permitiram a descoberta da dupla hélice do DNA.

 

“photo 51”

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