Contato social das abelhas: mais um dos mistérios do cérebro a se descobrir (V.5, N.12 P.9, 2022)

Tempo estimado de leitura: 2 minute(s)

 

Autores: Bruna Viganó e Oliveira, Deborah Parucci, Thariny Oliveira Rocha

Você já pensou em viver sem se socializar com ninguém?

É praticamente impossível sequer pensar nessa possibilidade!

Somos seres sociáveis, precisamos nos comunicar, estar junto com outras pessoas. Temos emoções, sentimentos e opiniões que são expressas em um meio social. Nosso ser e diversos aspectos que envolvem a nossa existência são expressos pelo comportamento social. Mas isso não é algo exclusivo nosso, muitos animais também têm comportamentos sociais que já foram estudados pela ciência.

Apesar de já existir na literatura vários estudos sobre as bases neurais dos comportamentos sociais, a nível celular ainda temos muito o que pesquisar.

As abelhas foram escolhidas como objeto de estudo, pois são animais com um comportamento social complexo e facilmente notável. Elas vivem em colônias, se dividem em diferentes funções, se comunicam através de sinais químicos e mecanossensoriais para manter o ambiente interno delas e externo também, e são mais fáceis de serem estudadas.

A pesquisa procura estabelecer um correlato neural do comportamento social das abelhas. Para isso, elas foram colocadas em uma gaiola de Faraday, com um ambiente sem interferência humana, para que pudessem viver e cumprir com suas funções normalmente. Suas atividades eletrofisiológicas também foram registradas para podermos avaliar a mudança de comportamento a nível celular.

O comportamento observado na colônia foi de contato social, ou seja, o que ocorria quando as abelhas se aproximavam umas das outras. As células observadas foram os neurônios excêntricos, localizados no corpo cogumelo, uma região cerebral associada à tomada de decisão, memória, aprendizagem e outras atividades cognitivas.

Referência:

Neural correlates of social behavior in mushroom body extrinsic neurons of the honeybee Apis mellifera. Benjamin H. Paffhausen, Inga Fuchs, Aron Duer, Isabella Y. Hillmer1, Ioanna M. Dimitriou, Randolf Menzel. Freie Universität Berlin, Alemanha, 2020.

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