Engana-se aquele que pensa que os períodos que antecedem e sucedem o parto são simples. Além de oscilações hormonais e mudanças físicas decorrentes da gestação, parto e puerpério, há também a influência de outros fatores, como as alterações na rotina impostas pela chegada de um novo membro na família, o aumento de responsabilidades e inseguranças, a falta de rede de apoio, o uso de substâncias psicoativas, o não planejamento da gravidez, um sistema de saúde ineficiente, violência obstétrica, além de dificuldades socioeconômicas, que são acentuadas em países em desenvolvimento. Todos estes fatores, se somados a quadros anteriores de depressão e predisposições genéticas, podem aumentar o risco do desenvolvimento de depressão durante a gestação e no período pós-parto.