Biotecnologia Forense (V.6. N.11. P.6, 2023)

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Quem divulga a  Ciência: Polo Ufabc Biotec (@linabiotec.ufabc)

A criminalista é a ciência forense que tem por finalidade reconhecer e interpretar os crimes e identificar os envolvidos. Os vestígios encontrados nas cenas dos crimes são uma prova material indispensável, o qual por análises dos materiais biológicos encontrados é possível solucionar o caso. Esses vestígios podem identificar o perfil genético do indivíduo e estabelecer a relação entre a pessoa e o local do crime, a análise é realizada em locais específicos dos cromossomos, denominados de microssatélites, em que há repetição das bases nitrogenadas do DNA, sendo esse padrão de repetição único em cada indivíduo e através dessas análises é possível distinguir os indivíduos e estabelecer também o vínculo genético.

A análise do material orgânico precisa ser analisada com bastante cuidado, pois a exposição do DNA a fatores como luz solar, microrganismos e componentes químicos pode causar a degradação da molécula e interferir nos resultados. Essas amostras podem ser provenientes de sangue, suor, pelos, saliva, urina, unhas, pele, entre outros.

Um caso famoso da utilização da biotecnologia na área forense ocorreu em 1979, na Rússia, em que amostras de 11 vítimas de um surto de antraz foram amplificadas por PCR e eletroforese em gel, para apontar se continham sequências específicas de Bacillus anthracis, pois haviam suspeitas de que as mortes fossem causadas devido a inalação de esporos acidentalmente liberados por uma pesquisa militar próxima a área. Além dessas aplicações, as técnicas biotecnológicas também podem ser aplicadas para análises forenses em plantas, microrganismos e animais, como em casos de hostilidade contra animais, tráfico de espécies, biocrimes e fraudes na composição de alimentos.

 

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