O (não) lugar da mulher (V.2, N.3, P.4, 2019)
Ser mulher, jovem, e fazer pesquisa em ambientes como um fórum criminal, um departamento de polícia, uma instituição prisional ou socioeducativa suscita importantes reflexões. À primeira vista, o acesso ao campo por uma mulher pode ser pensado como mais fácil, mas é fundamental problematizar o lugar atribuído à pesquisadora. Ocorre que esse acesso “facilitado” diz repeito justamente aos estereótipos cristalizados quanto à posição e ao papel da mulher na nossa sociedade – frágeis, não ameaçadoras, subalternas, intelectualmente em desvantagem.