Bactérias aliadas à estética: o caso do botox (V.7, N.8, P.2, 2024)
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Muitos ficam surpresos ao descobrir que o procedimento estético “botox”, é, na verdade, uma proteína produzida por uma bactéria, a Clostridium botulinum. A bactéria possui o formato de bastonete, lembrando pequenas minhocas, e produz uma neurotoxina potente que causa o botulismo, uma doença que libera substâncias tóxicas que interferem nas funções do sistema nervoso central, as também chamadas toxinas botulínicas.
No ramo da estética, sua procura é para amenizar rugas e linhas de expressão, e é aplicado uma pequena quantidade por injeção em uma musculatura de baixo das linhas desejadas. A toxina irá bloquear a produção de acetilcolina, um hormônio responsável pela contração muscular, o que irá acarretar no relaxamento do músculo. A toxina botulínica é indicada para amenizar rugas na testa, ao redor dos olhos e celulites no queixo. Essa substância, quando usada via oral, pode resultar na morte por paralisia respiratória, causada pelo próprio o botulismo, por isso é importante tomar cuidado quando for fazer seu uso.
O uso do Botox não é recomendado para pacientes que são portadores de doenças neuromusculares, imunológicas e coagulopatias (sangramentos intensos e prolongados que são causados após uma lesão acidental ou intervenções medicinais), mesmo quando a patologia está sendo tratada. Pacientes que tenham alguma alergia a qualquer componente da fórmula e mulheres grávidas também não devem realizar o procedimento.
A aplicação é feita no consultório e é rápida, dura em média 10 minutos. Às 4h seguintes não se deve deitar, fazer exercícios físicos ou massagear o local. O resultado será percebido após 48h da aplicação do Botox e com 15 dias atingirá o seu efeito máximo. Após 15 dias da aplicação do botox, existe um retorno para avaliar o efeito da toxina botulínica, e nesse retorno é feito o retoque necessário. O retoque tem a finalidade de amenizar alguma possível assimetria e melhorar o resultado esperado/desejado. Geralmente, o botox dura de 4 a 6 meses.
Referências
GOUVEIA, B.; FERREIRA, L.; SOBRINHO, H. O uso da toxina botulínica em procedimentos
estéticos. Revista brasileira militar de ciências, v. 6, n. 16, 2020.
SANTOS, A. Toxina botulínica. Arq. Bras. Oftal. 60(5), 1997.
STELLIN, D. Rugas dinâmicas e estáticas: saiba mais. 2017. Disponível em:
<https://drdanielstellin.com.br/rugas-dinamicas/>. Acessado em 20 ago 2023.
UNIODONTO. O que é e para que serve o botox. 2023. Disponível em: < https://www.uniodonto-
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