Poema – Grito de Gaia (V.2, N.8, P.5, 2019)

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A divulgação, popularização e comunicação científica podem ocorrer por inúmero caminhos e, entre eles, com certeza se encaixam os poemas, sempre traduzindo a linguagem científica para uma comunicação que chegue, de fato, a todos. Neste, escrito por Lucas Yudi Shimizu Alves, temos questionamentos muito atuais e de extrema importância com relação às queimadas na Floresta Amazônica e suas consequências para toda a população. Um convite à reflexão e mudança de hábitos em nossas rotinas para que nossa fauna, flora e ambiente não sejam desperdiçados.

 

Confira abaixo o poema recitado, bem como sua transcrição:

 

 

Grito de Gaia

Infelicidade perante uma atrocidade
Plena 3 horas da tarde,
Uma grande e densa nebulosidade
Era a Amazônia chegando na cidade

 

Um dia entristecido acompanhado de um sinal,
Nossa mãe encontra-se sendo devorada
O que é que faremos afinal?
Logo menos já não veremos nem mais a alvorada

 

Linda e recheada de beleza,
Segue sendo queimada,
Enquanto corrompemos sua pureza,
E ainda cegos grita-se pátria amada

 

Já são mais de 15 dias!
E aos poucos a escuridão chegou junto da frente fria
No final de todo esse descaso,
Só encurtamos nosso próprio prazo

 

O verde da mata vem sendo derrubado,
O amarelo do ouro é aclamado e roubado
O vermelho do sangue segue derramado
Paz virou um símbolo quebrado

 

A mãe chora e o filho não vê,
Porque muitos não estão nem a crer
Outros ainda estão tentando entender
Se teremos algum futuro e o que vai acontecer?

Lucas Yudi Shimizu Alves

 

Imagem: Nasa

 

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