Blog Institucional de Divulgação Científica da Universidade Federal do ABC

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Por que os rios morrem? (V.2, N.4, P.1, 2019)

Por que morre um rio? Já dizia Brecht, em um de seus poemas, “do rio que tudo arrasta se diz violento, mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem”. É provável que o rio de Brecht fosse a sociedade, mas a imagem é perfeita para os corpos d’água, rios, ribeirões, córregos, furos, arroios, riachos brasileiros. O rio morre, quando morrem suas margens. Mais que isso, o rio morre, quando há morte em sua bacia. Os rios são sistemas com uma capacidade enorme de depuração, ou renascimento, porém, enquanto as margens e as bacias apresentarem problemas, os rios serão o seu reflexo.

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O (não) lugar da mulher (V.2, N.3, P.4, 2019)

Ser mulher, jovem, e fazer pesquisa em ambientes como um fórum criminal, um departamento de polícia, uma instituição prisional ou socioeducativa suscita importantes reflexões. À primeira vista, o acesso ao campo por uma mulher pode ser pensado como mais fácil, mas é fundamental problematizar o lugar atribuído à pesquisadora. Ocorre que esse acesso “facilitado” diz repeito justamente aos estereótipos cristalizados quanto à posição e ao papel da mulher na nossa sociedade – frágeis, não ameaçadoras, subalternas, intelectualmente em desvantagem.

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Seis meses sem o Museu Nacional (V.2, N.3, P.3, 2019)

2 de Setembro de 2018. Eram por volta das 19h30 quando, segundo as fontes, tudo começou… já por volta das 20h30, passada apenas uma hora, ao ligarmos a televisão como rotineiramente fazemos ao final de um domingo, deparamo-nos com uma cena que, dificilmente imaginada, certamente será jamais esquecida: o Museu Nacional, majestoso palácio fundado por Dom João VI e que acabava, naquele ano, de completar seus 200 anos de existência, ardia em chamas e era consumido pelo fogo, diante dos olhos incrédulos de todos, sem que muita coisa pudesse ser feita.

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Novidades sobre Netuno, o Gigante Azul (V.2, N.3, P.1, 2019)

O ano é 1989. Já há 22 anos longe de casa, a aventureira sonda espacial Voyager 2 adentra o território do frio e gigante planeta Netuno, o último do Sistema Solar. Ela é, até hoje, a única sonda espacial a visitá-lo de perto, conquista realizada antes de rumar em direção aos confins do Sistema Solar.

Assim como a Terra é rodeada pela Lua, a maioria dos planetas também apresenta corpos celestes que rodopiam ao seu redor. É o caso de Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, que não estão sozinhos. Porém, sabemos hoje da existência de 14 luas de Netuno. As dividimos, inclusive, em dois grupos: as luas internas (com órbitas internas à da lua) e as luas externas (com órbitas externas à da lua Tritão).

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O POP não poupa ninguém! (V.2, N.2, P.6, 2019)

De imediato, a primeira vontade que me toma ao ler este título é de cantarolar a continuação da música da banda Engenheiros do Hawaii com: “o papa levou, um tiro à queima roupa, o POP não poupa ninguém”. Dentre outras tantas possíveis associações com o título ou com a cultura POP possíveis de serem temas de redação, diga-se de passagem que me agradaria muito conversar com as leitoras e leitores, venho escrever talvez da menos agradável de todas e, acreditem, é pior que muitos artistas da atualidade! O Guia dos Entusiastas da Ciência possui ISSN próprio e este texto nos foi gentilmente cedido para publicação.

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Os desastres são socialmente construídos (V.2, N.2, P.5, 2019)

Pouco ainda nos arrefeceu o sentimento coletivo de tristeza, solidariedade e indignação com o desastre causado pelo rompimento da barragem de rejeitos da Companhia Vale do Rio Doce em Brumadinho, MG, no dia 25 de janeiro, e esse mesmo sentimento já se desloca, em dois dias sequenciais, para o Rio de Janeiro, onde deslizamentos e inundações rápidas (enxurradas) provocaram enormes danos e seis mortes. No dia 6 de fevereiro, e, na madrugada do dia 8, um incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo causou ao menos dez mortes de atletas muito jovens e graves ferimentos em outros três. Embora de dimensões e causas variadas, estas três tragédias não são resultados de fatalidades, de irresponsabilidade das vítimas ou de reações da natureza: resultam de riscos socialmente construídos.

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